Caminhamos calmamente pela Gare, onde irás apanhar o comboio que te levará para sempre da minha vida. Conhecemo-nos desde sempre, crescemos juntos, e juntos passamos os dias entre brincadeiras e confissões. Sempre me havias perguntado porque estava sempre só, porque nunca tinha namorado nenhuma rapariga, tal como tu namoraste vários rapazes. Neste momento de despedida acho que chegou finalmente o momento de te revelar algo que guardo dentro de mim durante anos.
- Olha linda, lembras-te daquele rapaz que se costumava encostar à parede do teu prédio a tocar viola e a cantar músicas de amor? Que estava sempre vestido com uma gabardina que te impedia de identificares que era? Que te cantava e te encantava com a sua música, fosse esta tocada sob a chuva impiedosa ou sob o escaldante calor das noites de verão? Sei quem ele é, e finalmente posso dizer-to.
- A sério, ena que giro… Quem era? (Ultima chamada para a linha 1 partida do comboio já realizada)
- Bom tens de correr para apanhar o comboio.
- Epah, distrai-me na conversa contigo. Como sempre… rsrsrs
- Vá, salta agora que eu ajudo-te… Upa já está. Faz boa viagem – Grito eu.
- Obrigado, fica bem tu também, mas olha quem era o meu admirado incógnito?
- Ninguém mais que EU! Adeus e leva contigo sempre o meu amor.
Viro costas ao comboio para evitar que vejas os meus olhos a escorrerem lágrimas. Agora já sabes, mas agora também jamais te verei.
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