Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2005
Em meus sonhos de criança
Sonhei com um céu estrelado
No qual pirilampos voavam
E os homens na terra meditavam
Em meus sonhos de criança
Sonhei com uma vida completa
Cheia de reinos repletos de gória
E com uma vida de fazer história
Em meus sonhos de criança
Sonhei em ser amado
E sonhei ter alguém sempre a meu lado
Mas a criança rapido morreu
E os sonhos morreram no homem que sou eu
Vazio na escuridão, estendendo a minha mão
Mas a mão que estendo ninguém segura
Pois seco me tornei
E para sempre está perdido o que sonhei.
Domingo, 30 de Janeiro de 2005
Os ultimos dias da minha vida têm sido uma MERDA. Escrevo neste momento em minha casa, que nada de minha tem e sinto as lagrimas a virem-me aos olhos.
Por varias vezes me disseram, "Olha para o teu umbigo, pensas e perdes demasiado tempo com os outros" e finalmente ontem atinjiu-me como uma pedra; todos olham para mim como uma pessoa sensata, segura e confiavel, todos me pedem ajuda e conselhos e lá estou eu aqui aguardando para poder ajudar... Mas o que aconteçe nos momentos em que estou só, naqueles em que não há ninguém para ajudar? Nada, não se passa nada, porque dediquei a minha vida a ajudar aos outros que já nem sei quais são os meus sonhos e se os tenho, quando estou sozinho fico sem saber o que fazer pois não há ninguém para ajudar. E o que aconteçe quando me sinto em baixo, quem está aqui para mim? Também isso me atinjiu como uma pedra; Ninguém!
Sinto que desde a tenra idade dos 7 anos que meti o mundo e o bem estar dos outros ás costas e que me esqueçi de mim.Desde essa data que não sinto um colo, embora saiba que tenha tido apoio de muita gente, mas nunca esteve alguém a caminhar a meu lado.
Hoje, agora que escrevo isto as lagrimas já me correm pelo rosto e não sei o que fazer, estes ultimos dias foram demais para a minha capacidade de encaixe e sinto-me destroçado e sozinho. Varios dos meus amigos andaram a precisar de ajuda e estive lá para eles, cansado ou não apoiei no que podia, e agora sinto-me só e a precisar de apoio e ninguém está aqui para mim...
Cada um tem aquilo que mereçe, costuma-se dizer, mas não consigo ver o que teria feito para mereçer estar assim, porque tenho eu que caminhar sozinho, porque tenho que ouvir "És um excelente amigo" quando o que me sabia bem era outras palavras masi profundas, não conseguirei eu inspirar nada mais que uma amizade?
Bom, aberta a janela o calor sai e o frio entra, e terá de ser assim que vou ter de viver a minha vida, frio para poder fazer algo mais de mim.
mais uma vez a frase do dia é FODA-SE
Ora ai está mais uns dias de reflecção que ando a travessar e como tal chego a mais uma conclusão.
Amizades, algo de extremamente importante na vida de qualquer pessoa e por vezes algo tão difiçil de se conseguir. Eu no entanto cheguei a uma conclusão após analise das minhas amizades, uma amizades é uma porta que abre para os dois lados, e como tal um sentimento partilhado, ora no meu caso eu tenho imensos amigos o que aconteçe é que é extremamente difiçil eu os aceitar como tal, ou seja, as pessoas gostam de mim e olham-me como amigos mas na verdade eu não partilho muitas vezes o mesmo sentimento.
É verdade que maneira geral excepto o meu mau feitio, sou uma pessoa afavel e muito dada, sendo até agradavél, no entanto quando chega á perte em que tenho que partilhar sentimentos, é-me complicado faze-lo e assim afasto-me das pessoas.
A frase diz que amigos é poucos mas bons, e eu concordo, mas porque tenho eu que arranjar tantos tão bons amigos, faz-me falta um bom inimigo, um vilão que faça despertar algo mais dentro de mim. E acima de tudo porque faço tantas amigas (verdadeiras), a maioria dos homens é incapaz de dizer que tem uma amizade verdadeira com uma mulher e o facto é que algo assim comigo não aconteçe sendo-me mais complexo uma "aproximação" diferente. Bem mas isso são outros quinhentos.
assim a ideia é deixar aqui um brinde á amizade e apresentar a bela frase escrita por JRR Tolkien no discurso de despedida de Bilbo Baggins: I don't know half of you as well as I should like; And I like less than half of you half as well as you deserve.
Sábado, 29 de Janeiro de 2005
Ao longe, distante te vi
Brilhante sob o sol da manhã
Por breves momentos te possui
Sem pensar no amanhã.
Hoje o fogo apagou
E sem perceber o porque
Uma noite tudo mudou.
Como arestas dum prisma
Personalidades chocadas
E nem mesmo caricias trocadas
Isso modificou.
Espirito selvagem possuo
Mas de um selvagem aprisionado
E com receio e medo vivo
De revelar o que tenho guardado.
Agora chegou a ora do adeus
E embora com tristeza
De ti me despeço.
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
Boa tarde pessoal.
Hoje não trago poemas, mas sim venho aqui meditar um pouco sobre as situações da vida.
Imaginem a vossa vida, existe sempre aquela parcela dessa vida na qual sentimos que nos dá problemas, na qual ansiamos por aquela determinada coisa ou situação que soluçionava os problemas e que pareçe não aconteçer.
O mais ridiculo é que quando se dá a felicidade de se obter o que se ansiava tanto, quando pensamos que os nossos problemas estaram resolvidos e que finalmente vamos entrar numa fase de maior paz interior, dedicação á nossa vida e tudo o mais, deparamo-nos com outros tão ou mais complexos problemas resultantes dessa alteração na nossa vida.
É triste viver a pensar que isto, ou aquilo que afinal tanto desejamos, não nos vai afastar os problemas, mas sim trazer outros para os substituir. há sempre que desejar mais e sem medos, mas algo assim visto deixa tudo um pouco vacilante, deixa alguém a perguntar-se será que ainda vale a pena correr? Não sou poeta ou sábio e como tal, posso apenas quotar quem o foi, e assim sendo é como dizia Fernando Pessoa:
-Tudo vale a pena
-Se a alma não é pequena
soa tanto a verdade, mas é dificil muitas vezes de aplicar á realidade.
Bom era mais ou menos isto, aguardo os vossos comentários.
Abração
Diogo
Domingo, 16 de Janeiro de 2005
Numa noite de palido luar
Passeando na praia
Lá te vi á beira-mar.
Uma silhueta solitária
Magnifica contra a escuridão!
Fiquei sem saber que fazer,
Batia rapido o meu coração,
Pensava em ir te conheçer
Mas com tão bela visão
Nem me conseguia mexer!
Uma eternidade terá passado
Até ter tido finalmente
Coragem para me sentar a teu lado.
Também tu havias reparado
Que eu me passeava
E confessas-te baixinho
Que também teu coração pulava.
Algo tão estranho acontecer
Um amor á primeira vista,
Tão difiçil de conceber
Mas encontramo-nos, almas gémeas
E juntos ficaremos até morrer.